História da Cerveja
Antiguidade
Os primeiros indícios da fabricação da cerveja foram encontrados na Mesopotâmia, atual Oriente Médio. Em 3500 a.C, entre os rios Tigres e Eufrates, nossos ancestrais já consumiam um líquido alcoólico resultante da fermentação de cereais misturados em água.
Os sumérios e os babilônios foram os primeiros a deixar para as gerações posteriores um registro de como se fabricava a bebida, a Pedra Azul, hoje exposta no Museu do Louvre, em Paris. Esses povos mesopotâmicos fabricavam cerca de 20 tipos de cerveja. A principal era chamada de Sikaru e servida para honrar os deuses e alimentar doentes.
No Egito a cerveja passou a ser produzida em larga escala. Construtores das pirâmides eram recompensados com a bebida após o trabalho. Um papiro, datado de 1.000 a.C falava de dois tipos: Dizythum (mais forte) e Busa (mais fraca).
Escavações arqueológicas encontraram cestas cheias de cereais ao lado de tesouros de faraós. No Templo do Sol, da Rainha Nefertite, foi descoberta uma cozinha onde se fazia cerveja com cevada, que ainda é o principal malte na fabricação das bebidas de hoje.
Outros povos antigos também apreciavam a cerveja e há registros da bebida em inscrições e lendas. Em alguns casos, a bebida chegou a dividir a preferência popular com o vinho. Contudo, nos lugares onde o cultivo da uva era difícil ou incipiente, a cerveja reinou absoluta. No tempo de Cristo, historiadores romanos já registravam 195 diferentes tipos da bebida.
Bebidas alcoólicas feitas da fermentação de cereais e outras plantas também eram conhecidas em outras partes do mundo. Na África usavam o sorgo e o milheto. Os chineses, por sua vez, faziam cerveja de arroz. Já os índios brasileiros fermentavam mandioca.
Porém, o processo que originou a cerveja conhecida atualmente foi aquele desenvolvido no Egito. Ele chegou à Europa no alvorecer da Era Cristã, levado pelos conquistadores romanos. No século I d.C., a cerveja já era produzida pelos antepassados dos alemães e dos franceses e logo alcançou outras regiões do continente.
Idade Média
A Idade Média não foi totalmente um período de “trevas” e teve também teve seus momentos iluminados.
Nesta época, por conta da falta de saneamento nos centros urbanos, a água era poluída. A cerveja, livre de germes, era, portanto, uma bebida mais segura para consumo e era parte importante da dieta.
No século XII, a cerveja começou a ser produzida nos mosteiros e teve o lúpulo, uma planta trepadeira da Europa, incluído em sua receita. Esta “inspiração divina” dos monges não só deu à bebida seu sabor ligeiramente amargo, como cumpriu a função de conservante natural. Com vida útil mais longa, a cerveja se disseminou pela Europa.
1500
Estudiosos afirmam que por volta de 1500 o consumo de cerveja per capita anual na Europa ultrapassava os 300 litros.
Até mesmo William Shakespeare – o célebre poeta e dramaturgo inglês – rendeu-se aos encantos da cerveja. Em sua obra ele cita 14 vezes a palavra “Ale” e cinco vezes “beer”.
A Reinheitsgebot, ou Lei da Pureza, foi proclamada em 23 de abril de 1516, na Alemanha. Ela definia que apenas quatro insumos deveriam estar presentes na fabricação da cerveja: água, o malte, o lúpulo e o fermento.
1600
O consumo da cerveja entrou em declínio a partir de 1650. Os impostos aumentaram e a qualidade caiu. Ao mesmo tempo, surgiam outras opções de bebida: o café, o chá e o gim.
Mesmo assim, muitos permaneceram fiéis à cerveja. Com isso, foi dada continuação à tradição cervejeira, foram criadas novas tecnologias e as bebidas ganharam sabores regionais. Entre os países mais destacados estão a Alemanha, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Áustria, Inglaterra, Irlanda e República Tcheca.
1800
A cerveja passou a ser largamente difundida no Brasil com a chegada da família real portuguesa, em 1808. Mas D. João VI, um notório apreciador da bebida, não gostava das loiras geladas. Ele gostava mesmo era das “morenas”: cervejas escuras e encorpadas, típicas da Inglaterra.
A segunda metade do século XIX teve importantes descobertas para a indústria cervejeira. A pedido de cervejeiros e vinicultores franceses, o químico Louis Pasteur investigou o que fazia suas bebidas azedarem. A pesquisa rendeu a descoberta do processo de Pasteurização, empregado até hoje.
O micologista dinamarquês Emil Hansen, por sua vez, foi o primeiro a isolar células de fermento e reproduzi-las. A fermentação, até então, era um processo ainda não totalmente compreendido pelos fabricantes de cerveja.
1900
A ciência cervejeira surgiu de fato a partir do século XX. O processo de fabricação foi dominado e as tecnologias avançaram. Houve aprimoramento no controle de qualidade de leveduras, matérias-primas e do produto final. Tudo para atender consumidores que buscam qualidade, variedade e preços.
Fontes:
Portal AmBev – Acessado em 31/05/2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Clipping 57 - História da Cerveja
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