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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Clipping 45 - Gastrônomo

O que é ser um gastrônomo?

Gastrônomo é o profissional que se ocupa do refinamento das refeições, sejam alimentos ou bebidas. A gastronomia é um campo mais amplo que a culinária, justamente por não tratar só da preparação dos pratos, além disso, o gastrônomo deve cuidar da preparação do cardápio, selecionar ingredientes, escolher as bebidas que acompanham os pratos, garantir a boa apresentação do prato e do ambiente. O gastrônomo também deve dominar a arte de combinar ingredientes e elaborar pratos, mas, além disso, deve saber gerenciar e administrar uma cozinha controlando seus gastos, cuidando da negociação com os fornecedores, do pedido de produtos necessários, do armazenamento do estoque e coordenando o trabalho dos seus assistentes e auxiliares.

Quais as características necessárias para ser um gastrônomo?

Para ser um gastrônomo é necessário que o profissional entenda e goste da preparação dos alimentos e do gerenciamento de um estabelecimento, cuidando tanto da parte estética quanto da administrativa. Outras características interessantes são:

  • responsabilidade
  • higiene
  • assiduidade
  • capacidade de organização
  • bom senso estético
  • facilidade para lidar com as pessoas
  • metodologia
  • facilidade para lidar com questões administrativas
  • facilidade de misturar sabores
  • espírito de liderança

Qual a formação necessária para ser um gastrônomo?

Para ser um gastrônomo é necessário diploma de graduação em Gastronomia, que, geralmente tem a duração de dois a três anos. É um curso técnico, onde a maioria das aulas são práticas e os alunos passam muito tempo na cozinha com o objetivo de aperfeiçoar o manuseio dos equipamentos, dos alimentos e de receber orientação higiênica. Além disso, o aluno tem aulas de marketing, de administração e de organização de eventos e banquetes. Existem também cursos de especialização que podem ser feitos depois do curso, como o de Confeitaria e Panificação, de especialização em vinhos, em comidas típicas de diferentes regiões, em sobremesas, e muitos outros que ajudam a complementar o currículo do profissional. O domínio sobre uma língua estrangeira também é importante para que o profissional se destaque no mercado de trabalho.

Principais atividades

  • elaborar o cardápio
  • selecionar os ingredientes
  • trabalhar junto com o chefe de cozinha estabelecendo um parâmetro para o uso de temperos e para a mistura dos sabores
  • estabelecer a bebida a ser servida junto com cada prato e orientar a equipe responsável pelas bebidas
  • acompanhar a preparação do prato e coordenar o trabalho dos funcionários da cozinha
  • garantir a boa apresentação do prato
  • organizar o ambiente e garantir que os clientes se sintam à vontade
  • administrar a cozinha ou até mesmo o estabelecimento

Áreas de atuação e especialidades

O profissional pode trabalhar em diversos estabelecimentos ligados à área alimentícia. Os mais comuns são:

  • restaurantes: trabalha diretamente com a produção das refeições, exercendo a função de administrador do estabelecimento, de coordenador da cozinha e de gerenciamento de logística
  • empresas do setor alimentício: pode trabalhar no gerenciamento dessas empresas, estabelecendo o preço dos produtos, treinando funcionários, negociando com fornecedores, realizando os pedidos do estoque e armazenando os produtos. Pode também realizar o contato com os clientes
  • docência: pode trabalhar com o ensino na área de gastronomia, em instituições de ensino superior e, pode inclusive, ministrar seus próprios cursos, desde que sejam regularizados junto ao órgão competente

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o profissional da gastronomia é amplo, pois o setor alimentício ganha força com o crescimento das cidades e com o desenvolvimento da economia. Para se destacar no mercado de trabalho é necessário que o profissional tenha interesse em se atualizar constantemente por meio de cursos, palestras e treinamentos. A especialização em alguma área da culinária também é recomendável, além do domínio sobre um idioma estrangeiro.

Curiosidades

Ao longo da evolução da sociedade, a alimentação passou por várias etapas, sendo vista pelos povos de diferentes formas. Após a Revolução Neolítica, quando o homem passou de caçador e coletor para agricultor, com a descoberta de técnicas agrícolas, a fixação a terra trouxe maior abundância de sabores. Tal fato desencadeou um crescimento demográfico e a conseqüente migração de pessoas para áreas não ocupadas com o objetivo de explorá-las. Nesse contexto as duas grandes exceções foram o Egito e a Mesopotâmia que se situavam em áreas muito férteis, graças aos rios que por ali passavam (Nilo no Egito e Tigre e Eufrates na Mesopotâmia).

Foi assim que surgiu a forma mais primitiva de comércio, a base de trocas, pois as pessoas tinham que complementar suas alimentação com produtos que não produziam, portanto trocavam. Logo, o homem percebeu que podia associar ervas e plantas aromáticas aos alimentos para dar-lhes sabor e facilitar a conservação. Por isso, a busca pelas especiarias foi um dos grandes objetivos do final da Idade Média e início da Idade Moderna. As grandes navegações, com objetivo de chegar as Índias movimentaram a economia nessa época e possibilitaram o descobrimento de muitas outras regiões.

Muitos gênios conhecidos também se voltaram a culinária, como Leonardo da Vinci, que inventou vários acessórios de cozinha, como o esmagador de alho, e regras de etiqueta, além de muitas novas receitas.

Jean Anthelme Brillat – Savarin, em 1825, escreveu o primeiro tratado de gastronomia da história, a “Fisiologia do Paladar”, que considerava a gastronomia como arte ou ciência.


Fonte:

Portal Brasil Profissões - Acessado em 01/04/2010

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