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sexta-feira, 5 de março de 2010

Clipping 17 - Hoje é dia de Pizza

A História da Pizza

O uso regular do fogo há 500 mil anos modificou a alimentação do universo doméstico.

A palavra “pizza” vem do grego “picea”; pinheiro usado para aquecer fornos e assar um tipo de massa difundida na Grécia.

Os homens desde as origens alimentavam-se com seis tipos de cereais: sorgo, aveia, cevada, trigo e mais tarde o centeio. O milho, após a chegada de Colombo à América. A epopéia dos cereais dura 15000 anos.

Os grãos dos cereais eram torrados em pedra aquecida e juntavam água que transformava em um bolo molhado.

O trigo surgiu, na forma primitiva, no Egito, nas paisagens dos vales e rios, e posteriormente espalhou-se, sendo a mais importante experiência da historia dos cereais, a sua expansão por todo mundo constitui um enigma - talvez nas entranhas de alguma ave migratória... Ou foi objeto de troca comercial.

Com o surgimento do trigo, todos os cereais foram considerados de segunda ordem.

Os egípcios criaram o pão, podendo por razões técnicas ser considerado a primeira pizza primitiva, por terem acrescentado à massa o levedo obtido da fabricação da cerveja, havendo assim, o triunfo sobre pastas de cereal ou bolos de farinha sem levedação, está ligada à civilização ocidental há 6000 anos.

Os pães dos egípcios tiveram formas diferentes para as oferendas; nos templos salpicavam com cominho e enriqueciam a massa com gordura de ganso, ovos, mel, óleo de oliva, figos e tâmaras.

A oliva é considerada uma fruta legendária...

A oliveira foi a primeira árvore salva no Dilúvio; uma pomba trouxe a Noé, um ramo de oliveira, que simbolizou a calma, serenidade e a paz reencontrada.

Surgiu na Ásia Menor – se estendia da Síria a Grécia, florescendo e sendo cultivada entre 3000 a 6 000 anos nesses locais; foram levadas para a bacia do Mediterrâneo (correspondente atualmente: Itália, França, Espanha e Marrocos), pelos gregos e fenícios, juntamente com o trigo e o próprio óleo, há mais de vinte e cinco séculos.

Inventaram um forno para assar, construído em forma cilíndrica com tijolos de lama do Nilo, fechado em cone, no topo, o interior era dividido horizontalmente com uma laje lisa. Na parte inferior deixavam um buraco para alimentarem o fogo e na parte superior a entrada da massa e para a saída das gazes.

O forno dos egípcios foi considerado o primeiro forno de experimentação química do mundo, aliado ao aspecto de “praticas mágicas”.

Entre 5000 e 7000AC, os caçadores coalhavam o leite dos animais, enformavam e controlavam a coagulação.

Os egípcios estão entre os primeiros pastores que cuidaram do gado e tiveram no queijo importante fonte de sua alimentação.

O povo de Israel conheceu o pão no contato que teve com os egípcios, a Bíblia menciona o momento que se encontraram: os pastores, camponeses, hebreus e os egípcios. Abraão, hebreu, e as suas gentes viviam em tendas, tinham farinha, mas não tinham fornos, como os dos egípcios com arquitetura sólida, havia outros transportáveis, aos quais os judeus chamavam “tamurim” e eram pesados, assim para o povo que vivia em tendas, era impossível o seu transporte.

Pelo relato bíblico, a saída dos judeus (Êxodos), do Egito foi apressada que não tiveram tempo de confeccionarem o pão como dos egípcios, amassado antes de ir ao forno, levavam sem levedar, pois não tinham fermento; então Moisés disse ao povo: “Recordai-vos deste dia em que saíste do Egito, da casa da servidão, pois foi com a mão forte que o Senhor vos fez sair daqui. Não comerá pão fermentado”

Na Grécia Antiga, demoraram a substituir os grãos de cereal torrados ou as papas de farinha, mas depois aprenderam com perfeição, colocavam por cima azeite, queijos, sementes, amêndoas, nozes, pimenta, folhas de louro etc.

Ateneu, autor do Banquete dos Sofistas, (século II e III d.C) conta que alguns padeiros obrigavam os ajudantes a usarem luvas e mascaras para que não caísse suor na massa e para a respiração não a estragasse.

Os mestres padeiros tinham consciência profissional, organizaram-se em associações com direitos reconhecidos e garantidos pelo Estado e passavam a condição de funcionários no Império Romano.

Os lombardos, chegados do sul da Itália depois da queda do Império Romano, trouxeram suas búfalas que encontraram ambiente ideal na região do Lazio e criaram a Mussarela e com a descoberta da América, o tomate que depois das desconfianças iniciais – ingressou triunfalmente na culinária italiana.

Em 1529, o criador da Villa d´Este , em Tivoli – Itália o Cardeal Ippolito promoveu um banquete e a pizza constou no cardápio : “pizza com pastéis folhados ao estilo catalão”.

O tomate teria conquistado os italianos e espanhóis nos anos de 1500 a 1600, mas somente foi difundido em 1700; os botânicos alemães consideravam planta tóxica.

Desde séculos, a tradição da pizza é firmada na vida napolitana, a versão com uso do tomate, desde meados dos anos de 1700. As pizzarias devem seu impulso aos reis de Nápoles, Ferdinando e Ferdinando II, grandes amantes da pizza. O primeiro percorria as ruas da cidade para satisfazer seus desejos, escondido da sua mulher Maria Carolina, irmã da rainha da França, que detestava a pizza, seu filho, construiu sua própria pizzaria no Parque Capodimonte em 1820.

Ainda existe uma taberna, onde serviam pizza, naquela época, em Nápoles: L`Osteria della Mattonella.

Port’Alba foi a primeira pizzaria, no ano de 1830, que se tem registro em Nápoles

Em 11 de junho de 1889, foi criada a pizza Margherita, por Rafael Espósito, utilizando o tomate, mussarela de búfala e manjericão para a Rainha Margherita, esposa do Rei Humberto, da Itália.

Fonte: CTP - Centro Tecnológico Desenvolvimento Pizzas e Massas no Brasil – Pesquisado em 04/03/2010

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