A origem da farinha
Os historiadores costumam relacionar a origem do sedentarismo humano com a descoberta da agricultura. O trigo (tritricum vulgare) foi um dos primeiros alimentos cultivados pelo homem. Pesquisadores descobriram vestígios de sementes de trigo entre objetos dos sítios arqueológicos da região da Mesopotâmia, que remontam entre 8000 e 4500 anos antes do do atual calendário ocidental. Em escavações realizadas na França, em áreas datadas de 7000 anos a.C. também foram encontrados sinais de manipulação de cereais.
Assim como nos jazigos das múmias do Egito e em habitações lacustres (povoados sobre águas) na Suíça. Aparentemente, os ancestrais do homem começaram a cultivar os grãos e dele extrair a farinha bem antes de dominar técnicas de cozimento dos alimentos. A extração era rudimentar, triturando-se as sementes entre rochas. Passaram-se muito tempo antes de descobrirem que, com a farinha obtida era possível fazer outros alimentos, como pães.
Alguns atribuem a descoberta da fermentação e do cozimento da farinha aos egípcios, cerca de 20 a 30 séculos a.C. - há registro de que eles eram chamados de "comilões de pães" por volta do ano 500 a.C. pelo historiador da época, Ecáteo de Mileto. Outros estudiosos atribuem a descoberta aos judeus.
O certo é que foram os gregos que passaram à história como os aperfeiçoadores das técnicas de uso da farinha. Há registros de que foram os primeiros a desenvolver a técnica da moenda, usavam peneiras para separar os resíduos e conseguiam obter diferentes tipos de farinhas. Além disso, dominavam o uso dos fornos e condimentavam seus pães com ervas aromáticas, frutas, azeite. Segundo pesquisas, nos áureos tempos de Atenas havia 72 variedades de pães.
Os romanos assimilaram o hábito e o difundiram mundo afora. Na Idade Média, a partir do Renascimento, o pão de farinhas especiais ganha um grande espaço, especialmente entre as elites cultas da época. Por muitos anos, foi o principal alimento da nossa espécie. Muitas culturas ainda hoje o saúdam como o símbolo da vida.
Extraindo a alma do grão
Ao longo da história, a moagem do trigo manteve seus princípios básicos, embora hoje em dia esse processo exija uma tecnologia adequada. No moderno processamento, o trigo chega aos moinhos, é analisado, passando então pelo processo de limpeza, seleção, moagem, peneiração (separação da farinha de trigo do gérmen e do farelo), descanso e empacotamento. Esse processo é exclusivamente físico, não utilizando qualquer tipo de aditivo.
O grão de trigo é uma semente que está em processo de germinação. O gérmen de trigo é a parte embrionária, que vai criar as raízes da nova planta. A semente é envolta por uma espécie de pele grossa, que protege seu interior dos agentes externos que podem atacá-la. O miolo é onde fica a alma da semente, a fonte da vida, o que está para germinar. Ali também se controlam os níveis de umidade dela. Há ainda uma fina camada externa na qual se armazena a reserva de alimento que mantém a semente viva.
Fonte:
http://www.estimacom.com.br pesquisado em 03/03/2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
Clipping 16 - Nosso Pãozinho de Cada Dia
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