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quinta-feira, 18 de março de 2010

Clipping 30 - Camembert, o queijo da Revolução

A lenda da descoberta do queijo

O queijo existe há pelo menos seis mil anos e sua origem é uma incógnita.

Uma famosa lenda conta que o primeiro queijo foi feito acidentalmente por um mercador Árabe que, ao sair para cavalgar por uma região montanhosa, abaixo do sol escaldante, levou uma bolsa cheia de leite de cabra para matar a sede. Após um dia inteiro de galopes, o árabe, morto de sede, pegou seu cantil e deparou-se com uma grande surpresa, o leite havia se separado em duas partes: um líquido fino e esbranquiçado, o soro, e uma porção sólida, o queijo. A transformação deu-se devido ao calor do sol, ao galope do cavalo e ao material do cantil, uma bolsa feita de estômago de carneiro, que ainda continha o coalho, substância que coagula o leite. O processo de fabricação do queijo até hoje segue o mesmo princípio, é feito através da coagulação do leite pela ação do composto enzimático extraído de um do estômago dos bovinos.

Camembert, o queijo da Revolução

Há mais de dois séculos, a vida na pequena cidade de Camembert, na região francesa da Normandia, gira em torno de seu famoso produto homônimo.

Como seu camembert tinha uma crosta, podia ser mais facilmente embalado e comercializado.

Inicialmente, o produto era consumido apenas na Normandia, mas a inauguração da linha ferroviária que ligava a cidade a Paris, em 1855, marcou o princípio da difusão do queijo na capital e em outras cidades da França. Em 1863, o filho de Marie Harel, Victor Paynel, encontrou casualmente Napoleão III e lhe ofereceu o produto. O imperador gostou tanto que fez uma encomenda, para entrega em palácio. Foi a consagração da receita. Em 1880, houve novo impulso, com a adoção da caixinha redonda de madeira como embalagem. Além de não interferir no sabor do queijo, a invenção possibilitou o transporte para distâncias maiores, de modo que o produto continuasse a se desenvolver ao longo da viagem - anteriormente o transporte era feito em leitos de palha. A pulverização do Penicillium candidum, substância que transforma a crosta cinza-azulada em branca puríssima, representou a segunda revolução para o camembert. A Primeira Guerra Mundial também ajudou a popularizá-lo, pois ele fazia parte da alimentação diária dos soldados franceses.

A Alemanha e a Dinamarca são exportadoras do produto. A maior parte dos países europeus e Israel, Estados Unidos, Japão, China, Nova Zelândia, África do Sul, Austrália e Brasil, entre outros, fabricam-no, inclusive com formas inesperadas: oval, quadrada ou retangular.

A maneira de consumir o queijo também varia. No Oriente Médio, servem-no como entrada; na Ásia, ele tem a função de aperitivo, acompanhando destilados; na Alemanha, figura no cardápio do café-da-manhã. Entretanto, para os franceses, o camembert deve ser saboreado entre o prato principal e a sobremesa. E disso eles não abrem mão.

Fonte:

Empório Villa Borghese – Acessado em 16/03/2010

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